Este beijo estará guardado onde sempre esteve, amado meu. Lembra-tes a primeira vez que pousastes teus lábios nos meus? Nunca mais o meu corpo pode ser o mesmo pelas dobras da noite. Havia tanta mansidão em teus olhos.

Amado, esta carta chegou na hora derradeira do meus tempos, no momento em que o céu casou com a terra e eu que chorava a minha tola angústia, tenho agora este beijo onde quero. Onde quero? Digas-me onde quero e onde eu sempre quis o teu mel, o teu veneno, a minha pequena verdade.

Amanhã fecharei meus olhos e tu chegarás com as sombras para falar-me o que preciso ouvir. Então, venhas despido
de meias palavras porque estás inteiro em mim.

Com amor apenas.

santo antónio de fora, 13 de junho de 201…

amor

como lamento o dia em que nasci
e a mão que agora te escreve
só para dizer que não te amo

com carinho
do teu querido

S. E. X. I.
(assinatura e legível)

Cá recebi a tua carta e digo-te meu docinho
tenho pena de ti, o teu coração está morto, esqueceste-nos…

Eu pelo contrário ainda guardo no meu corpo as tuas mãos frágeis, tremulas, acariciando o meu rosto.

Onde estão as palavras anteriormente proferidas? O amor declarado tão ardentemente? onde está essa tua capacidade de sentires?

Sabes? A tua carta soou-me a falso, sei que lá no teu intimo ainda me adoras, mas o teu orgulho destrói a tua habilidade para entenderes os meandros das emoções.

È tempo de reflectires, e dares um novo rumo á tua vida sem nexo

Sem mais assunto desta que apesar de tudo te acolhe no seu íntimo

Escrito 20/06/12

S. de Delfos, 20-06-2012.

Sabes que sofri muito com teu abandono. Fico pensando como poderia ter sido diferente...

Nossos sonhos e promessas foram destruídos pela inveja dos outros. Invejavam nosso amor. E, como um Otelo enganado pelo pérfido Iago, acreditaste nas mentiras. A minha decepção foi tamanha que mergulhei em profunda melancolia... muita tristeza.

Hoje, passado tanto tempo, me escreves arrependido porque alguém te disse que foi uma farsa tudo aquilo que nos separou. Teu falso amigo explicou?

É muito tarde para nós. Mesmo te amando, ainda, não quero mais este amor. Preciso de alguém que me ame e confie em mim. O sofrimento me fez entender que só o amor não é o suficiente numa relação, é preciso muito mais.

Sinto por nós dois.

Adeus

Euzinha

santo amar o da pedra, xx de xxxxx de xxxx

sabes, carinho,

procurei o por todo o lado do teu corpo e na alma que te esvaziei e na minha que não tenho e no corpo que me fugiu por isso estou só depois de o encontrar é me em nós

beijo sem voz
desidério antónito

post scriptum – era o amor, amor

Já não sei se a melhor carta de amor, será a única via possível para fomentar o encontro amoroso que já existe em nós, no entanto meu amor, eu escrevo por nós e para nós. Sei que esse encontro dá-se da forma mais habitual; o ritmo dos dias, a cobrança das noites, a fuga para lugares distantes, sempre na espera do mediático olhar que te trouxe a mim. Esse é um olhar manso, sempre que de dentro dele, extraio um pouco de tudo que já medrou nos nossos corpos enlaçados.
Vê como se transforma a vida na sua mais recente aquisição - Nós!
Vê como se dilatam as noites em que acordados, vemos um mundo a formar novas formas; umas obscuras, outras claras, outras dissidentes, outras resistentes e outras ainda a finarem-se em cada poro da nossa pele.
Vê como se aglutinam os dias e as horas que passamos longe, quando as distâncias são um desejo a crescer, profanando os vultos nascidos no nosso olhar.

Sei de um tempo de cansaços e de esperas, mas sei também de naturais momentos em que nos cingimos e fomos um na espera do tempo que nos unisse e nos fizesse ser um só corpo, uma só alma, um só desejo a crescer nos nossos corpos ainda quentes. Mas as mãos meu amor, as mãos, que são as tuas, são também as minhas. Colocam no meu corpo, sementeiras nobres do tempo em que nada havia, a não ser uma dádiva por todos os traços que são fidedignos destinos a fomentar encontros, a igualar os gestos, a eternizar olhares. Até que se acomodem nos bolsos e retirem deles a irmandade prestes a nascer de novo, para que o amor se renove, se transforme para sempre em vida a crescer, como um desejo profano, eu estou aqui e sou o teu desejo, a tua fome a tua devoção na tua mão. Este, será a água benta dos nossos dias, a temperança das nossas noites, e tu meu amor, a renovação interna do meu querer Ser em ti.

Bem hajas por seres o Amor em Pessoa, a vida prestes a renascer no meu corpo

Para sempre tua
Dolores Marques

Para sempre tua meu amor, pois é em mim que habitas, largo e extenso com envergadura de oceano, com suas águas tão negras, tão profundas,e lá escondemos as conchas ,e os baús de tesouros dos nossos navios naufragados; minhas joias são tuas...és assim ,um mar que me arrasta e me arremessa contra os iceberg pontiagudos dos teus lábios. Águas vivas dos teus braços queimam todas as bússolas, arrancam o norte dos meus olhos e me mostram uma ilha perdida ao sul da tristeza; um choro salgado, sem ti.Para sempre tua , ressuscitando meus dias ,um boca a boca, com o ar morno e perolado do teu nome.
Águas passadas não movem moinhos, mas preenchem meus espaços com erros líquidos e eu invento um barco, feito da madeira dura da tua ausência, que balança ,balança a tua falta e mesmo acorrentada ao teu peito as ondas da realidade me levam para longe de você.

Lírio da minha amargura.
Vou-te sonhando em quadros rubros, a contrastar-te o azul, nesta permissão que me dá a palavra inventada no teu corpo de memória.
Os meus dedos ainda não esqueceram o teu contorno quente, como as paisagens que descobres desse lado onde te ausentas de mim.
Vieste sem nunca ter chegado, numa hora intercalada do nevoeiro onde, perdida, me debato para não me achar. Foi talvez uma miragem, água benta na sede deste amor, feito de longitudes e abismos de ternura.
A verdade não me importa, é o sonho que me adentra a cada madrugada.
É aqui neste pedaço de tempo nosso que te aguardo vestida de céu, na orla da noite que entregará nos meus lábios as pétalas vivas do teu beijo.

Até já, amor

pró-Luso Faz uma carta de amor #1
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27/5 22:48
Mensagens: 8 A ideia é escrever uma carta de amor e publicar esperando resposta; quem responder terá de dar sequência à carta anterior e esperar resposta por sua vez.
Cada usuário apenas pode escrever uma carta ou resposta a carta.Caso este projecto vá em frente e tenha aderência suficiente poderá aventar-se a ideia da publicação em livro.
Atrevam-se, participem.

lol
a outra carta já não vale k agora tenho outro amor
mas tinha de vir aqui uma esganiçadinha ranhetar, só para se meter comigo. Vá lá para os seus poetas preferidos ou vou lá também ranhetar de forma muito mas mesmo muito estridente até partir cristais.
É que eu fui lá e colaborei sem desrespeitar ninguém.

Aliás, onde estava a esganiçada quando desde o início não respeitaram a ideia deste tópico?