Poemas : 

VERSOS CONTRA O DESERTO

 
 





A mente perpassa ao largo do compasso.
O sonho diariamente adquire a cromática do cadáver:
A vida, a cada queda de ravina,
Fica mais intensamente circunscrita.


O onipotente penedo de ontem,
Agora célere e definitivamente se liquidifica:
Os arrebóis da esperança se descorporificam,
Convertendo-se em estafetas do paraíso da Ruína.


A paz cai nas garras
Da areia movediça:
Planeta onde o sangue
Que irrompe dos moribundos corpos
Vira miríades do aurífero petróleo.


Ah, eu queria morar no iracundo remanso
Qual era a têmpera, a voz e a Verve do Poeta de Itabira:
Talhar os versos que componho
Com a lâmina da sabiamente Lírica eloquência abrasiva,
Florescida da sua singeleza funda e ferina:
Pois só assim eu cravaria a minha lira
No coração da desertificação da vulcânica fluência dos dias.



JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

http://www.myspace.com/nirvanapoetico
http://twitter.com/jessebarbosa27





SOU NATURAL DA CIDADE DO SALVADOR, BAHIA. NASCI EM JUNHO DE 1982.
NA VERDADE, SOU UM MENTECAPTO QUE TROPEGA PELAS
ALAMEDAS DA POESIA.
http://twitter.com/jessebarbosa27
http://www.myspace.com/nirvanapoetico
http://poetadorjesse.zip.net/
http://si...

 
Autor
jessébarbosadeolivei
 
Texto
Data
Leituras
662
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
2 pontos
2
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
eduardas
Publicado: 15/01/2010 12:31  Atualizado: 15/01/2010 12:31
Colaborador
Usuário desde: 19/10/2008
Localidade: Lisboa
Mensagens: 3731
 Re: VERSOS CONTRA O DESERTO ...
Jessé,

Caem os corpos e as palavras, e o poeta cai no deserto sem forças para gritar.

Parabéns por mais um pouco.

bjs
Eduarda

Enviado por Tópico
cirodiverbena
Publicado: 15/01/2010 12:55  Atualizado: 15/01/2010 12:55
Da casa!
Usuário desde: 11/07/2008
Localidade: Votorantim - SP
Mensagens: 223
 Re: VERSOS CONTRA O DESERTO ...
Olá Poeta...

Um belo texto, aliás, como tantos escritos por vc.Parabéns amigo pela sensibilidade poética...Saudações. Ciro!