Fizeste aquele teu olhar, o que me tramou
Eu falei e falei e fingi não reparar
Irritação fugaz, reparei sem que reparasses

Trazias pedaços de fruta madura no corpo
"Isso será bom de provar?", matutei...

Coube a mim decifrar essa tua magia
E eu fui um joguete para a tua pele tostada
Incorporar-te em mim seria o tal delírio

Razão que me foge da alma e corpo feito sensível
Afinal, amanhã, já me esqueci de ti e de mim.


(poema de Bruno Cunha, dedicado à Elsa)

 
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