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O POETA E A RACIONALIDADE DIVINA

 



A racionalidade de deus se confunde com a dos homens. Embora as duas eventualidades careçam de apoio mútuo para se afirmarem e uma razão para existir, ambas se destoam em certos momentos.
O homem à imagem de deus, deus à imagem (ou imaginação do homem) como argumentam muitas teorias que tratam das deidades, remetem à racionalizar-se que o argumento da existência primordial, tanto divina como humana, baseiam-se na imagem do homem como ser. Isso denota que os estudiosos ao longo da história da humanidade tentaram, a todo custo, construir um paradigma como sustentáculo de uma afirmação divina sagrada, porém, inconscientemente, aceitam o homem como imagem primordial.
Nem o poeta nem deus podem mudar o mundo. O primeiro finge que está mudando o mundo. Coroa sua altivez com vocábulos inusitados, excomunga as ações da humanidade, rejeita os preceitos divinos e isola-se em companhia de meia dúzia de excluídos. O segundo, em nome de uma transformação cósmica, camufla-se nas entranhas dos diversos eventos para manifestar sua eficácia.




JOEL DE SÁ
23/02/2010.


 
Autor
Joel Pereira de Sá
 
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