PAI, PARA QUE QUERIAS QUE EU FOSSE AINDA MAIS FELIZ?

Olá Antonieta,

recordação pueril, lembrando-me de meu pai vivo, lúcido e activo, que tarda nada(uma semana) está fazendo anos e que a Páscoa me convocou para recordar.

beijo
arlindo

Olá Vóny,

pueril, quase...recordações, reminiscências a quente dos festejos da Páscoa...mas. no fundo, no fundo, um pouquinho de verdade, no meio da ficção...grato pela leitura

beijo amigo
arlindo

pois é Regis, hoje estamos em sintonia: coisas da Páscoa ou dos astros... ou os mistérios da ficção!

abração
arfemo

...hoje reconheço que ele tinha razão (não acertou à primeira, mas à segunda foi lá). mas creio que as crianças, precisam que os pais sejam pais, i.e, decidam, o que hoje vai sucedendo ao contrário (e que as as crianças têm uma grande capacidade de adaptação), por isso não leia como uma recriminação... grato pela reflexão

bj
arfemo

sabes José Luis,

isto é tema de um romance ciclicamente retomado e abandonado... este regresso aos inicios dos inicios, mas aos pais naquelas idades cabe decidir...esse bairro onde cresci deu ministros, governadores do Banco de Portugal...e revolucionários e pessoas comuns, mas meu pai advinhava que ali estava o passado e fez a fuga em frente (decidiu, é o que se pede aos pais)e fez bem...fui feliz noutro lado, não no primeiro que escolheu, é certo...

e essa amiga que aos 9 anos me pôs a ler, além do Salgari, o Júlio Diniz e o Trindade Coelho, era verdadeiramente uma pedagoga (e verdadeiramente nunca lhe agradeci - um dia destes o farei!)

abraço, querido amigo
arlindo

Olá caro amigo,

esta reflexão (quase pueril) veio-me à memória e tornou-se-me quese compulsivo publicá-lo, não sei bem porquê (tavez desta altura festiva que passou)

...sábias são as palavras que criam amizade e nos elevam o espírito, como as que o meu querido amigo vai distribuindo generosamente aqui e ali!

forte abraço Antonius
arlindo

...texto que marquei como "quase pueril", e que é nascente de um romance, mas que a Páscoa e a felicidade de meu pai estar vivo, de boa saúde, lúcido e activo, me impeliu (forças ocultas?) a escrever... agradeço a leitura, sempre!

abraço
arfemo

olá Conceição,

os sítios da felicidade devemos mapeá-los cuidadosamente no nosso coração...mas infelizmente é um roteiro de alguma forma póstumo...gostaria de saber porque me apeteceu postar este texto precisamente agora (talvez saiba, não tenho a certeza...)

gostei desta partilha que nos aproxima e ajuda a ficção

beijo,
amiga

arlindo

Olá Rosa,

de vez em quando algo nos impele a viagens ao passado , visto com o olhar de hoje e o sentir recordado de então. este misto de real e ficção, que é próprio da criação, é, de algum modo a nossa própria vida...

abraço, querida amiga
arfemo

...às vezes sente-se uma pulsão para escrever textos meio "naifs", sobretudo em épocas festivas...e quando se esgota num texto de três ou quatro parágrafos, damo-nos conta de que ficaram por escrever algumas dezenas. Talvez assim seja melhor (baila-me sempre na cabeça um livro de Arrabal, Baal Babilónia, que mergulhou na infância, ficcionando de forma simples e ao mesmo tempo profunda os seus fantasmas...)

grato pela leitura e comentário.

arfemo

Olá Gil,

...no princípio (e talvez no fim...)era trecho de romance. nestas alturas festivas assalta-me um pouco de nostalgia e estes trechos um pouco " fausse naifs" vêm à tona, nada que faça mal ao mundo, penso eu...

abraço
arlindo

leia o que escrevo, não faça o que lê... mãe é mãe, decide pelo coração e com a razão: sempre bem, mesmo quando erra e aprende com os erros...
e o protagonista do meu desprentencioso texto viria a ser muito feliz noutro lugar...

sempre interessantes estes diálogos que nos interrogam...

abraços

...teu comentário Lu, é absolutamente fascinante de lucidez e inteligência. posicionas-te nesse lugar mágico de análise da idade infantil e tocas bem fundo quando falas da necessidade das "frustações". quantos pais hoje admitirão que tal é natural? subjugadas por pequenos "tiranetes" não os preparam para a vida e confundem o papel de mãe ou pai com o de irmã ou irmão.

mas o meu texto era tão despretencioso, surgem-me sempre, vá-se lá saber porquê depois das épocas festivas...

obrigado, querida amiga, pelo teu brilhante comentário!

beijo
arfemo

texto despretencioso, quase pueril, esta pequena viagem da imaginação a lugares da memória, afinal tocou em cordas sensíveis que vamos reprimindo.

grato pela leitura e companhia

abraço

caro gil,

sempre leitura de poeta da amizade... grato, amigo!

arfemo

Olá Eugénio,

tua escrita; teu logótipo: Amizade e criatividade!

abraço fraterno
arlindo

...é para isso que existe a ficção: apelar à memória e viver o presente com os ensinamentos colhidos!

obrigado Abílio pela leitura atenta e sensível

abraço
arfemo

olá cleo,

na nossa caleidoscópica memória, misturam-se factos reais e ficcionais, e lá no fundo, há sempre, mesmo que mínima, aderência ao real. este despretencioso texto (pequena nota de um romance várias vezes começado e outras tantas abandonado) não foge à regra. por isso, amanhã ou depois, tanto faz, sigo o teu terno conselho e vou lá dizer-lhe pessoalmente (e são uns quilómetros largos, que ele também mudou de "bairro") e vai fazer anos... gostei de te ver (mas, na vida real, o meu segundo bairro foi uma maravilha...)

com a amizade de sempre beijo
arlindo

Olá Nanda,

será por isso que estes textos me surgem sempre em épocas festivas? quem sabe...

obrigado pela reflexão

beijo

olá Vânia,

às vezes é preciso tão pouco para se ser feliz...às vezes só um pouco de bom senso (e isso o meu pai sempre teve o que a outros falta em sobejo)

já Descartes enjoado da escolástica de então, afirma ironicamente que "o bom senso é a coisa do mundo melhor distribuida, pois cada qual pensa estar tão bem provido dele, que mesmo aqueles mais dificeis de contentar em qualquer outra coisa não costumam desejar mais do que aquele que possuem"

e isso assim continua a ser vários séculos decorridos...

beijo

Olá Maria,

um texto de épocas festivas , despretencioso, mas que nos fala de afectos, do modo como os interiorizamos, e às vezes os exprimimos, e de facto é porventura menos pueril do que desejava...

beijo

grato Helen pela sua leitura atenta desta reflexão que, ciclicamente nas alturas festivas me ocorrem...

bjo
arfemo

Olá Teresa,

...incertos são os ventos quando os agitamos...mas é mesmo "quase pueril" este meu texto que,
porventura, por isso desperta evocações as mais díspares...e acrescento: a felicidade essa a transportamos às costas, quando podemos com a carga...

beijo
arlindo