LUIZ PACHECO, O ESCRITOR MALDITO

Olá Márcia,

é um autor de escassa obra e muita vida...e editor e companheiro de viagem dos principais vultos da cultura portuguesa (muitos se queixam que não tenha explorado mais intensamente o imenso talento que tinha...mas foi a sua opção)

bj
arfemo

felizmente, que viveu o tempo suficiente para que o país não lhe fosse, de todo, indiferente!

abraço
arfemo

não passa de um mero apontamento de um escritor e de um homem que se cruzou na minha vida. sempre ocasionalmente, e que pela diferença de idades o único significado que teve foi para mim, para ele eu não passava de um jovem curioso...mas gostei de lembrá-lo por ser um espécime raro de entre os nossos escritores que marcaram o século XX.

bj
arfemo

Toda a sua obra cabe num volume e não muito gordo; já a sua vida, de vivências mil, nem num dos milagres da inteligência artificial... e era considerado pelos seus confrades por um dos maiores (e escreveu tão pouco)

beijo
arlindo

Caro Alberto,

creio que é um dos autores que irá gostar de ler: libertino, ao mesmo tempo terno, excelente escritor (diferente do que é comum) e iconoclasta...

abraço
arfemo

Luiz Pacheco um escritor, um editor, um homem que vale a pena recordar...

beijos
arfemo

é, a sua vida, a sua convivência, o seu talento, foi, para alguns sendo desbaratado. tenho outra ideia: Luiz Pacheco foi grande porque foi como foi -único, singular, uma figura!

a ti não, que conheces, mas o seu opúsculo "O Libertino Passeia por Braga, a Idólatra, o seu Esplendor" é um verdadeiro exercício de estilo!

beijinhos
arfemo

era o maldito da sua escrita especulativa, a ideologia a que se agarrava ou fingia que agarrava! "O Libertino..." foi a nova linguagem, o desassocego da moderna ficção... muito doido! rsrss
beijo Arlindo :)
Romma

personagem singular, um má língua militante, mas desconcertante como todos os escritores malditos!
Vale a pena uma visita pelo Google!

abraço fraterno
arfemo

caro Domingos,

não é aqui o espaço adequado, mas Luiz Pacheco talvez tenha sido o primeiro escritor avençado deste país, como mais tarde passou a ser vulgar na pintura e em alguns escritores...

também não gostava da sua língua viperina (que a idade amansou) mas era uma figura ímpar na escrita iconoclasta que praticava.

sobre a disponibildade dos seus livros no mercado essa é uma realidade que espero se altere a breve trecho (ouvi algo nesse sentido)

abraço
arlindo

conheci-o em dois momentos e li a a sua obra escassa. foi gratificante, e gostei de o conhecer um pouco mais de perto.

abraço

Caro Carlos Ricardo,

sempre associei o conceito(e aqui uma vez mais a influência conceptual francesa é grande) à crença que o génio literário anda paredes meias com a infelicidade e todo o cortejo que é uso associar-se: ambiente hostil, o criador vive na miséria, por vezes entrega-se ao álcool, é incomprendido, rejeitado etc... sei que LP foi talvez o primeiro escritor portugûes a receber uma oferta de um vencimento mensal a troco da sua escrita e que não mudou nada na sua vida (e nada escreveu para o editor, que lhe publicou os seus escritos reunidos!)

hoje, tal como nas restantes artes, este procedimento é comum (qual o grande pinor português que não está ligado a uma galeria que lhe paga um vencimento?) Mas LP quis manter sempre aquela aura de rebelde e libertino (e língua afiada, e nem sempre justa) mesmo quando isso não era mais que uma imagem ao espelho e desfocada (quando já os seus olhos dificilmente lhe permitiam escrever ou ler).
O Estado concedeu-lhe uma pensão (justissíma) e com ela pagou uma residencial/lar para os lados do Princípe Real/Bairro Alto. Ali morreu, e com apoio familiar, pelo menos de um filho.

ah, e escreve muito bem, vencida que seja a barreira do conteúdo que não é, em geral, para estômagos sensíveis!

abraço e desculpa todo este dispensável palavrório

arlindo