Quando o pano cai,
O vento esvanece a alma,
O cerebro baleado se contrai,
Numa noite calma,
O odio com o amor se vai,
Numa noite sem fim, abstracta.
Corpo embebido em sangue,
Símbolo mórbido gravado,
De uma morta dura resultante,
De uma cruz, o corpo abençoado,
Com a lua cheia e brilhante,
Destruindo do corpo o legado.
Seguindo a lua não olhando,
O corpo ficando na cena do crime,
Sem cabeça, o resto comando,
De tudo o que uma morte exprime,
Sem cabeça, com o resto ando,
Levando comigo o pensamento sublime.