Feito o lendário prisioneiro,
prendo-me em meu castelo
comigo travando um duelo,
querendo deixar o cativeiro.
Embusteiro, o deus flecheiro
atingiu-me com o seu cutelo
e uniu-me (em formoso elo)
a um anjo doce - e feiticeiro.
Hoje, com muita fome de ternura,
minh'alma canta ...chora
essa terrível e impossível loucura:
Que fazer com desejo tão profundo
e essa carne que implora
por um amor absoluto e infecundo?***
Silvia Regina Costa Lima
13 de abril de 2010
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Publicado no Recanto das Letras em 26/04/2010
Código do texto: T2220413
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