Luso-Poemas
 
Sonetos : 

Último ato

 
Essas desconexões, esses hiatos
A me tirarem o sono, importunos.
Esses momentos amargos, caricatos
A me roubarem a paz feito gatunos.
Toda realidade em limpos pratos,
Fatos desconcertantes e soturnos,
Incômodos pesadelos. Seriam ingratos
Esses ataques ferozes e noturnos?
Quem sabe dizer que sim? Quem poderia
Atrever-se a dizer não de modo exato?
Quem, no gelo da razão se despiria?
Cada um, ao modo seu, firma um contrato
E se apraz do que plantou durante o dia
Na noite que se desfaz n’último ato.

Frederico Salvo

Direitos efetivos sobre a obra.
http://pistasdemimmesmo.blogspot.com/

 
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FredericoSalvo
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Enviado por Tópico
AnaCoelho
Publicado: 06/06/2010 10:19  Atualizado: 06/06/2010 10:19
Membro de honra
Usuário desde: 09/05/2008
Localidade: Carregado-Alenquer
Mensagens: 11250
 Re: Último ato
A colheita das sementes que se deixa nos caminhos...

Beijos


Enviado por Tópico
Nanda
Publicado: 06/06/2010 12:03  Atualizado: 06/06/2010 12:03
Membro de honra
Usuário desde: 14/08/2007
Localidade: Setúbal
Mensagens: 11126
 Re: Último ato
Fred,
Muito apraz esta leitura. No último acto cada um põe a mão na consciência.
Um beijo
Nanda


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 09/06/2010 00:02  Atualizado: 09/06/2010 00:02
 Re: Último ato

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