- Coração, quantas vezes foste ferido
Pelo menino que detém cheia a aljava?
Quantos sonhos febris à luz da lua alva
Pelo ser tão desejado e mui querido?
Quantas ilusões permearam o meu seio
Trazendo-me tanta dor, tantos tormentos?
- Coração, quantos lívidos juramentos
Fizestes à criatura amada sem receio.
Hoje, eu padeço terríveis dores cardíacas
Não posso te culpar e nem o maldigo.
Extravaso o amor em composições líricas.
Quando partimos desta esfera enigmática
Dir-te-ei ante o meu último e fraco suspiro:
- “Requiescat in pace” meu caro amigo!
José Anchieta