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POESIA - COMPADRE ALENTEJANO - QUE GRANDE CAGANÊRA!

 
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O compadre alentejano
no combóio prá Funchêra,
tem uma dor do catano,
dá-lhe grande caganêra!

Antes que algo ocorra,
corre a todo o vapor;
tá fechada aquela porra
e caga no corredor!

Muito mais aliviado,
todo ele é suor;
eis que é apanhado
porque chega o revisor.

O compadre sem acção
cheiinho de tefe-tefe,
diz o revisor, então,
- Vou já dar parte ao chefe!

Recuperando o fulgor,
diz o compadre sisudo:
- Oh, amigo revisor,
cá por mim pode dar tudo!

 
Autor
Morgado
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