A sede de protagonismo é um vício,
Que leva o homem perto do precipício,
Por cintilante estrela que reluz dourada,
Em noite, de céu azul, muito estrelada.
Obcecado pelo ideal, sem nunca ceder,
Move-se de forças extremas pelo poder.
Alia-se a fortes movimentos subterrâneos
Que o elege à elite dos melhores crânios.
Para assim, ser nomeado ao mais alto cargo,
A sentar-se na mais faustosa cadeira do poder,
Alta e prestigiosa, com desafios de sabor amargo.
Sua cabeça gira no centro de um furacão,
Cheia de vertiginosas vaidades de pavão,
Que bate asas no cimo escondido da ilusão.
Manuel Lucas