Poemas -> Reflexão : 

À flor da Pele

 
Vou conter meus arroubos.
Necessito flutuar no vácuo existente em mim
Esgotei-me buscando fórmulas.
Não existem.
A química surge por si.
Vem e delata a fragilidade.
Esmaga qualquer simbolismo.
Faz-me vilã, faz-me vítima,
uma pedinte quase sem fim.
Em vão persigo anseios.
São como plumas, levitam ao sabor do vento.
Ou então grudam na pele.
Ferem, sangram, partem-me ao meio.
Cravam as unhas. Tiram-me o fôlego.
Fazem-me fantoche.
E nada.
Absorvem minha energia, meu eu lírico, minha fantasia.
E nada.
À flor da pele, nervos expostos, mastigo a ira com chocolate.
Mas a alma não se arrefece.
Incendeia a equação da genealogia.
No meu vácuo, o fogo crepita.
Labaredas espalham meus instintos
À flor da pele, sou chama.
Mistura onírica.
Desisto.
Não mais me contenho.
Bandeira hasteada, eu sigo o meu norte...


VestidadeÁgua

 
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vestidadeagua
 
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