Poemas : 

Dinamene

 
Dinamene
 
(Tela de Santiago Carbonell).

"Nenhuma ideia vale uma vida" (Titãs).

Lá onde o Mekong
Naufraga vidas,
Dinamene está,
Clamando em vão
Pelo amado
Que não virá.

Lá onde o desespero
Debalde brada,
Dinamene está à míngua,
Cerrando os olhos do futuro,
Sumindo na curva do rio
Para gáudio da lusitana língua.

Lá onde as águas
Banham de infinito
A saga portuguesa,
Dinamene jaz esquecida
Afogada pela vaidade
De tão vil empresa...

(Danclads Lins de Andrade).

 
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Danclads
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