Poemas : 

Mesus versos impróprios - LIzaldo Vieira

 

Meus versos impróprios – Lizaldo Vieira
Já fomos impedidos de comer do fruto da sobrevivência
Por obediência a carne fraca em abundancia
O abacaxi exposto na roça faz mal
Comer cuscuz com leite e ovo de galinha dangola
Credo em cruz
Ainda bem que adão e eva
Pecaram por nós
Por maldito froto proibido
Ainda somos condenados pela superstição alimentar
O comer e o beber
Bem ou mal bocado
Principalmente os usos e costumes alimentares
Estão impregnados dessa subserviência
Por aqui
Tudo condenado
Ainda se justificam
O erro da maça
Têm certa lógica
Na cidade e na roça
Noutros lugares
Até já Perderam a razão de ser
O fundamento da existência
Embora persistam ainda
Para relembradas a voz do povo
Que
No fundo mesmo
Provocam mais riso do que medo
Perdoem nossos galos carijós
Não permita ser enguiçado por mulher naqueles dias
Perderá a força de homem
Não comemos fel de caranguejo
Faz muito mal além de amargo demais
Quando alguém está com muita fome
Nunca reclamar da hora do almoço ou do jantar
Costuma-se contra argumentar se comeu galinha choca
Também vem da crendice
A proibição de comer galinha choca
Pode deixai o faminto com fome canina
A mesa representa a sagrada refeição
Porém
É pecado mortal sentar-se
Deitar-se ou dormir em cima
Porque pode trazer atrasa ao dono da casa
Não se deve também botar dinheiro em cima
Porque traz infelicidade
Sentar-se á mesa 13 pessoas
Com certeza uma delas morrerá em pouco tempo
Não devemos almoçar com toalha pelo avesso
Desse foram a barriga nunca ficará cheia
Negar esmola na hora do almoço
E do jantar
Traz atraso para a pessoa que negou
Quando a pessoa está comendo e cai um talher
Será aviso de visita de alguém
Quando o garfo cair
Chegará um homem
Se for uma faca
O visitante será uma mulher
Também se botar na mesa uma xícara de um tipo
E o pires de outro
Não deve ser aceito
Para não causar o mau casamento
Se comer com as mãos
Não lamber os dedos por causa da sovinice
Quando oferecer uma refeição
E o alimento cai da mão
É porque o doador
Beber café e água em seguida
Pode estragar os dentes ou morrer estuporado
Beber leite e chupar manga pode morrer envenenado
Comprar sal à noite,
Traz desgraça ao comprador e ao vendedor
Faz mal emprestar sal ou agulha ao vizinho
Para botar visita indesejável pra fora
Colocar vassoura como lado inverso para cima
Por traz da porta
Se quiser brigar com o vizinho
É só emprestar sal em dia de sexta-feira
Quando quiser que aconteça coisa boa
É só derramar açúcar
Cuidado,
Não comer casca de queijo
Pode ficar burro
Nunca se deve jogar pão no chão
A pessoa pode acaba na miséria
Quando jogar fora
Beije o pão antes
Quem quer ficar bonito (a)
Basta comer flor de coco
Nunca beber na boca da garrafa
Poderá ficar beberrão
O vinho
Quando derramado na mesa
Sempre será anúncio de felicidade
Dá congestão
Comer carne cosida e deitar-se em seguida
Nunca chupar osso de costela de porco
Pode ficar com fome canina
Quando há carne e peixe na mesa,
Deve-se comer primeiro carne
Porque assim diz o ditado
Se quiseres que a morte o deixe
Comer primeiro a carne e depois o peixe
Sobre meus versos chatos
Não importa
Os são impróprios a todos os menores de espírito,
Àqueles que amam a poesia
E nem precisam de rimas


Q U E S E D A N E C U S T O d e V I D A - Lizaldo Vieira
Meu deus
Tá danado
É todo santo dia
O mesmo recado
La vem o noticiário
Com a
estória das bolsas
Do que sobe e desce no mercado
De Tóquio
Nasdaq
São paulo
É dólar que aume...

 
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Lizaaldo
 
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