Poemas : 

“sperarum nocte injusta”

 
“O que as tuas palavras declararam
Satisfeito há de ser, como o que vejo
Dos votos que em teu peito se ocultaram”.

A Divina Comédia - Inferno, canto X





Banal nada poderia ter sido quanto drenado dia de múltiplas esferas,
remasterizadas aqueloutras nos dutos, sólidas num ar comprimido;
pois cediço era que do morgue foram contidas em aflitas esperas,
calcam com estorvo, esfinge do boato que restou no espaço contido.

No campo induzido, mais que um sonho de verão, assaz foi fatuidade,
ceticismo num tranco escancarado, das rédeas tomou nas cercanias.
Blasfêmia soava em soníferos olhares, mergulhadas sevas na idade,
dos aurigas imprecações incidiram, enfronhadas mentes, mas vazias!

Ah! De apedeuta, falaz a intangibilidade em meio a um salão iluminado,
de escâmulas azuis, ministradas difusas as luzes de um mar rasgado,
dissidências jamais puderam próximas imaginar de vãos de mil agulhas.

Antípodas quiçá restassem, inalienáveis lâminas noturnas, que importa !
São adornadas pela carne, rutilam; pode haver vegetais dúbios na horta;
quais chafariz do herege, das noites calúnias abastecidas de fagulhas.





 
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shen.noshsaum
 
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