Poemas : 

Vulto

 
VULTO




Percebo meu vulto em cada ângulo
Da alcova atapetada em estilo persa,
Aqui e ali ele timidamente tropeça
Na apatia excessiva do estado sonâmbulo.

Pálido de vexame, esconde-se entre as cortinas
Das largas janelas diante do pátio,
Sinto arrepios em cada ponto do espaço
Ecoarem discretos vindos de baixo e de cima.

Penumbra anestésica dormita-me os gestos
E vejo o vulto encarapuçado cada vez mais perto
Dos meus sentidos acoplados sobre a cama...

Na atmosfera do ambiente há um vazio impostor
Que suga minhas forças dissipadas pelo torpor
Do vulto que energiza meu pensamento em chamas!

 
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imelo10
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