Enlevo-me pela noite
nos sonhos que não sonhei
entrelaçando versos no inverso
da minha recriação…
Nunca escreveria a tabacaria
nos bolsos dos sonhos sou louca
como louco foi o mestre
na realidade sou o nada
que ele gritava no seu quarto
na janela aberta das suas manias…
Sem paisagens frescas
no calcanhar das ilusões
peço perdão ao mundo
pelos pobres momentos
onde me sento em versos
da imaginação alucinada
inspirada no mentor
sem rimas num poema livre…
Como livre sou
no ridículo amor que ele cantou!
Fumo mais um cigarro
e agarro as pontas soltas
de um menino que muito sonhou
na incompreensão dos mortais
imortal se tornou sem o poder louvar…
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...
fernando pessoa
Re: Imaginação alucinada
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