Talvez porque o mundo
se mostrou frágil
na força ferina
da minha coerência
gritei silêncios
nos balanços das perdas
chorei...chorei
sorrisos porque me lembrei
que no fundo do abismo
a cor do céu
está exatamente no mesmo lugar
antes e depois
de cada fragilidade
da força largada
nos ventos das marés
...com as mãos calejadas
retomo
o trilho a prumo
nos pulsos de fumo
aglomero as palavras
num palrear de persistência
...e remo nas marés contrarias
da indicação do cata-vento!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...