Procuro pelo chão sob meus pés,
Ainda ontem apenas caminhava.
De repente já nem sei quem és,
Nem creio mais que me amavas.
Procuro pela melhor parte de mim,
A arte de escrever com bom gosto.
Agora restam tintas de cor carmim,
Pra colorir o desenho do teu rosto.
São sombras do que sou rimadas,
Sobras de mim mesmo versadas,
Andarilhando nessa saudade tua.
Catando a tua face na memória,
Qualquer instante da nossa história,
Que vista essa minha alma fria e nua.