Ah! Pensando. ..
Na inquietude da paciência
Na ciência do buraco vazio
E o lado claro do escuro
Gosto da maneira curta do longo
Do cheiro da cachaça sem rolhas
Não brindo alianças sem dedos
Gosto do melado dos corpos
Banhados de pecados
Bebo o segredo da água que não benzeu
Alimento da fome que a fé não alimentou
Do poder que o voto não elegeu
Procuro a estrada que leve ao Pai
Quando vem a tristeza da medida justa
Por saber que nunca foi exata
Do milagre que nem a fé acredita
É na hora que a boca leva o cheiro
Que as mãos não levam
E o coração mentiroso nega!
O pecado do inocentar
É o amar errado
E a ti culpar
Pelo culpado.
A ti cabe
Condenar
O intolerável!!!
José Veríssimo
Re: UM PECADO DESCOLIRIDO
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