Poemas : 

SEM RUMO

 
Grande angústia me aflige:
perceber-me também
um criador de gêneses espúrias,
é constatar que não mais posso crer
rutilâncias regozijantes.

Sequer posso mais me crer
– mito embalsamado –, com minhas faces
e máscaras, a percorrer caminhos
perdidos.

Bem que queria
ter ainda alguma esperança tênue
em que pudesse me agarrar
em meus desvarios,

mas eis que estou
– também ave pusilâmine – condenado
a caminhar no dorso de meu orb
e embalsamado.



Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)


 
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Thor
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Enviado por Tópico
nereida
Publicado: 23/02/2018 17:23  Atualizado: 23/02/2018 17:23
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 Re: SEM RUMO
Bonito poema! Um tanto triste que sois acontecer
com os poetas. Bjs