Poemas : 

Caixinha criptografada

 
Caixinha criptografada
 

"Do interior, ventre das canções,
donde correm rios de pensamentos
a todo vapor, transpassando a chaminé
do proferir dos versos abstratos
revelando a calmaria, segredo de vida,
e a agitação em querer expor o proibido"

[...]

Sou mais um e sou mais eu
Altruísta sou, pisciano de berço,
Sei que mereço muito mais
do que o menos que fiz

Há quem diga que ações mortas
não revelam a luz plena interior,
que percorre vácuos no organismo,
degrau que se acende na escalada

paraíso imergido,
ollhar encantador,
cama repousante,
sons agudos de palpitações
formam números binários
do querer-me-ser meu par

sonho jovial,
sem passado e sem juízo,
digo e repito, sem titubear,
sentimento não se vende
nem se veda
se por muito tempo guarda
o próprio se azeda

a amargura da in-justiça
sabor tanino que altera
o hálito e o hábito

a doçura do sorriso alheio,
da criança desassistida
e da donzela atrás de um par

multiplicam-se os sabores
bebidos pela alma inquieta
cuja senha de acesso
são todos os caracteres
criptografados
no passar dos tempos
das fases da lua
e dos giros planetários

[...]

a dura incompreensão supradita
assemelha-se ao vaso parnasiano
solitário e ao mesmo tempo acolhedor

[...]

cada palavra tem seu valor
e seu tempo de duração

By Renato Braga

 
Autor
Renatobragarr
 
Texto
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