O APÓSTATA

Muito obrigado, Jerenino-Generino.

A fé um fenômeno humano encontrado em todas as épocas e lugares. É algo ancestral que ajuda o homem a tentar ser melhor e a superar as dificuldades. Portanto, nada contra a fé em si, sobretudo quando inspira fazer tanto bem para si quanto para os outros.

O soneto, sem embargo, relata a perda da fé cristã por alguém que se desilude com as práticas e discursos cristãos, sobretudo das novas igrejas.

Discordo que o apóstata do poema tente diminuir o ardor dos outros, visto que apenas apresente as razões de seu próprio afastamento da religião. Talvez o eu-poético d'esse soneto se mantenha espiritualizado; talvez não...

Apostasias à parte, o fica é o ser humano em sua eterna busca de si mesmo.

É isto.

Abraços, RicardoC.

E é uma boa interpretação, Volena.

O APÓSTATA descreve um tipo que se desilude do cristianismo por causa dos cristãos-novos. Ele enxerga nos fiéis do século XXI o que há de mais conservador e obscurantista na sociedade em que vive. Gentio entre estas gentes, ele observa suas incoerências e pretensões.

N'outras palavras, com os cristãos que vemos hoje em dia fica difícil se dizer cristão sem ter de assumir com isso um pacote de desumanidades.

É isso.