Prosas Poéticas : 

DOIS DE JANEIRO

 
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DOIS DE JANEIRO

Há um imenso vazio na manhã,
quando a mente não se alinha ao quotidiano.

Atravesso a rua, entro pela portaria, subo as escadas, sento em frente à tela…
Trabalho sem saber se será útil o que faço. Desconfio.

Pareço ser, mas não sou.

Celebrei as novidades da vida e a cabeça ainda
parece latejar de excessos. Desatino.

Saúdo a todos, pergunto pelos seus, mas
minha mente continua vendo nuvens
no alto de remotíssimas montanhas, eu não entendo.

O sonho atravessa a realidade.

Estou aqui, mas também lá, entendes?
Eu, tampouco.

Betim - 2025


Ubi caritas est vera
Deus ibi est.


 
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RicardoC
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