Luso-Poemas
 
Poemas : 

Trago a vista dilatada

 
Gosto de me ver com óculos
Embora não veja nada,
Acho que nem vou lá de binóculos
Quanto mais de bicicleta.
Vejo passar os comboios
Se não sais também não entro,
Fiquei presa a amnésia
Com um lenço atado à cabeça
Trago a vista dilatada.
Uma cesta vazia, e o silêncio na conversa.
Duas maçãs de corada
Uma rosa desfolhada
E um raminho de giesta.

Acho que não sou essa mesma
mas certificar-te não posso,
Acorda-me lá da janela
Ou traz-me a corda do poço.

 
Autor
Esqueci
Autor
Textos deste autorMais textos
Rss do autorRss do autor
EstatísticasEstatísticas
 
Texto
Data
Leituras
599
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
Enviar este texto a um amigoEnviar
Imprimir este textoImprimir
Salvar este texto como PDFCriar um pdf
3 pontos
1
1
0
Recentes
Um poema de calças
Hermesetas
Necessidades
Big-bang
Mudança de hora
Aleatórios
Não vale nada
Lascas
Corte
Sopro de asas
Pássaros de água
Favoritos
Persistência
Hino Sente
Por uma vírgula
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Sergius Dizioli
Publicado: 13/08/2021 14:47  Atualizado: 13/08/2021 14:48
Administrador
Usuário desde: 14/08/2018
Localidade: काठमाडौं (Nepal)
Mensagens: 2221
 Re: Trago a vista dilatada
Ótimo, divertido. Apesar que por trás dessa aparente inocência alegre, exibe nas entrelinhas (ah essas entrelinhas) o questionamento de se o que não vemos, apenas não enxergamos ou não queremos ver... Saudações.

Links patrocinados

Páginas em

Páginas sobre