Luso Poemas

O Luso-Poemas nunca mais voltará a ver os tempos áureos que em tempos o iluminaram, perdeu-se na mesquinhez e perdeu o gosto pela boa escrita.

São tantas as voltas,
Que um ratinho dá
Pra caber na pele dum leão.

Quer, queiramos ou não,
O Luso Poemas prosperará
Com poetas de verdade.

Por que não apenas lançar as sementes, independente da qualidade do chão? Se em meio ao joio brotar uma única frutífera ocorrerá o extraordinário; são as diferenças que espantam a mesmice. Assim como apenas a existência do feio não tempera o ar, a existência só do que é belo, também.

Maria

Uma sociedade só se prosperará,
Se o feio reconhecer ser feio
E não tentar vestir-se com a pele do belo.
Neste "Cantinho de lágrimas",
Tanta coisa feia anda à solta,
Encoberta pelo silêncio da Administração.
Ó Luso Poemas, tenho tanta pena de ti!
Até a sombra das sombras te assombra.

Conheço o Luso há mais tempo do que dele participo. Como escritor gosto de ler o que escrevem. Na verdade pouco importa se escrevem bem ou mal, se escrevem poemas magistrais ou uma medíocre sequência de palavras, se escrevem em português correto ou se acumulam erros...
Porém tudo isso desde que sejam poemas [ou mesmo arremedos] e não ofensas e coisas diversas. Logo teremos pessoas pondo objetos usados à venda...
Não sou melhor que ninguém, mas cada vez tenho menos vontade de postar aqui o que escrevo.

De alma se faz um poeta,
Mas, quando a vaidade
Nos cega a alma,
O melhor é bater com a porta
Na curva das mãos,
Onde o saber engonha.
Desistir?! Não!
A vontade e firmeza no dizer,
São as melhores armas
Pra tirar Luso Poemas
Do lamaçal de poetas piratas.