Há folhas no quintal!
Foi, outrora, ensaiado recreio
De sonhos verdes...
Pequenos e fáceis de sonhar.
Temos pó nos móveis!
Conservam apocaliticamente
Votos e juras distantes.
Nunca foi possível derrubar as divisões.
Existem molduras por preencher.
Refletem perfeitamente
Os sonhos não concretizados.
E o silêncio que nos habita...
Nem a cama nos aquece...
Fantasmas dos filhos que não tivemos...
Elementos pesados.
Capta perfeitamente
A fragmentada unidade que são os nossos corações.
É nos quartos
Há muito desabitados
Que dialogamos com cortantes silêncios.
Obrigado pelos desassogados
Momentos em que o tempo parou...
Re: A casa
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