Poemas : 

Na memória

 
 
Parti por entre os pingos de chuva
em cada gota
nasceu por mim
uma onda de sedição.
Ao serenar
amainou
levantou-se do areal uma gaivota,

Ficaram a faltar as palavras contusas
Da pedra
que ali ficou.
Por isso,
Leva a chuva que ainda cai
que ela bate disfarçada,
Já nem levanta com o vento
Por aqui só e calada.

Ela bate na janela
No rio,
Na foz,
na memória.

Guarda-a que chegou fora de tempo
assim como sempre me chega
a tanta hora.

 
Autor
Abissal
Autor
 
Texto
Data
Leituras
330
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
4 pontos
2
1
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Alpha
Publicado: 23/09/2022 17:31  Atualizado: 23/09/2022 17:31
Membro de honra
Usuário desde: 14/04/2015
Localidade:
Mensagens: 1905
 Re: Na memória
A memória é nosso arquivo
E quando é bem construída
Torna relevância o cognitivo
Para dar estabilidade á vida!