Eu vou ser sincero mais uma vez
Sobre esse sentimento escondido.
Quando amar é segredo,
Teu nome é meu silêncio mais doce.
Guardo tua voz entre as costelas,
Como se fosse música proibida
Que só o coração escuta.
Quando tento resistir a mim mesmo,
Minha esperança veste tua pele.
Caminho entre espinhos,
Mas vejo flores
Onde teus olhos me lembram de quem sou.
Não é rebeldia, é cuidado.
Não é pecado, é poesia.
Amar-te em silêncio é como colher o orvalho —
Pequeno, frágil,
Mas capaz de alimentar um jardim inteiro.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense