Poemas : 

Eu Morro por ti , Soldado

 
 
Eu morro por ti, soldado
Que batalhaste tão solenemente
Mas, cuidado
És soldado e estarás sempre mais contente

Eu morro por ti , soldado
Deixaste a terra e família pra trás
Sente-te descuidado
Que dum momento está vivo noutro Zás!

Eu morro por ti soldado
Que esta guerra não parece ter fim
És forte, serás sempre lembrado
Por no momento apropriado
Teres dado o corpo como a queda de um jasmim

Eu morro por ti , soldado
Agora ergue-te uma vez mais
No lugar onde foste lançado
És apenas mais um coitado
Que está morto em circunstâncias anormais


Flávio Miguel Pereira, poeta


 
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flavito
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Enviado por Tópico
Rogério Beça
Publicado: 13/05/2025 17:43  Atualizado: 13/05/2025 17:43
Usuário desde: 06/11/2007
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 Re: Eu Morro por ti , Soldado \cheiramázedo
3. desUnião soviÉtica


Emana, de novo, a velha saudação.
Palma ao vento, seguida de um grito
que diz um insentido por não dito
sob a forma de acto de contrição.

Num futuro próximo é obrigação
vender e comprar este nojo conflito,
moda por vir, na qual não acredito,
d’ares a pólvora e extrema unção.

Hablo com dolor de mi vida entera
J’ai peur de tous et aussi de personne
Io sono uno uomo que fai niente…

Sou, de facto, uma figura de cera
armada de carabina e telefone.
Bandeira sem haste, vento e sem gente.


In Dez Sonetos da Guerra na Crimeia por partes