Onze ditadores,
Se acham estrelas do futebol
Rabiscam em papéis
Que são os donos dos quartéis
Estão cheios de medo
Correndo dos zagueiros
Pra calar o pensamento
Dos que proveem o seu sustento
Quando eles abrem a boca
Eu me sinto mais burro
Parece que voltei no tempo
Vendedores de vela estou vendo
Dizendo que a eletricidade veio dos quintos dos infernos
Tecnologia, mensageira do desespero, pra quem parou no tempo
Eles têm saudades das mentiras da TV
Quando meia dúzia de ratos enganavam eu e você
Distorcendo a verdade, se sustentando de rouanet
Podem tentar, mas a mentira nunca vai vencer
Já queimaram livros, e eles reviveram
Na grande rede da informação livre, pdf no hd
Eles se acham deuses, estrelas de fundamento
Estão desnumbrados pelo néctar do poder
Eles não têm limites, topam qualquer absurdo
Pra se manterem na vida boa, até a bandidos dão indulto
Mas a história é generosa
E derruba qualquer deus falso
Em pirâmides de catacumbas
Já acabou a escravidão no Egito, sua gentalha imunda
Se a pec da bengala não aposenta
A tecnologia vai aposentar
Tentem censurar minha revolta
Que eu vou tornar poesia em crítica
E pavimentar avenidas
Como as receitas de bolo que já salvaram muitas vidas
Ditaduras malditas, são como gaiolas
Tentam em vão conter águias
Da grandeza do seu voo
Tentem prender a liberdade
E sejam derrotados pela realidade
O avanço da ciência sempre derruba a mediocridade