Poemas : 

Visão restrita

 
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Visão restrita
 

Desci ao fundo do poço
Deslizei numa vasta escuridão
Minha alma tinha sede
Só encontrou ressequidão

Chorei as esperanças perdidas
Em versos a gotejar
A poesia recém nascida
Ouvia-me a soluçar

Abandonei-me à sorte
Esquecida da vida
Entreguei-me à morte
Haveria saída?

Senti aquecer-me a face
E num instante de clareza
Dissiparam-se as névoas
No confronto com a incerteza

Por entre as lágrimas avistei
Um ínfimo de sol a brilhar
Morreram-me nos lábios o sal
E meu coração voltou a pulsar

Já não tinha nós na garganta
De todos os males me libertei
E com garras afiadas
O topo eu galguei

E essa claridade se fazia maior
Na proporção da escalada
E quando o poço ficou para trás
Ah, segui rumo oposto às lágrimas

honey.int.sp



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Issor_honey
 
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