ainda que viva a vida toda
a plantar poemas em qualquer parte
esperançoso de que perdurem
além de mim
nesta esfera azul verde
com tendências pardas
nada o garante
sei de asteroides sem nomes pelos ares
indirigíveis e indiferentes
ou de asteroides terráqueos
de alguns nomes com botões de pressionar
incorrigíveis e insolentes
promessa de que há instantes
onde tudo explode
ou implode...
assim que muitos
deixo-os ir com o vento
com a esperança sideral do universo
mesmo nada lhe sabendo
talvez algures
alguma existência
verdadeiramente inteligente
absorva a poesia
descodifique o seu sentido
e crie tudo de novo
sem erros de sintaxe
PS: não seguem assinados...
17-09-2025