| Enviado por | Tópico |
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| namastibet | Publicado: 04/10/2025 09:26 Atualizado: 04/10/2025 09:30 |
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 Do Avesso ao Avesso.Do Avesso ao Avesso Uma aldeia, (que de roupa ela me vista), o fogo Leva-me da raiz da minha vista “ao monte” travesso, Sopra-me a inquietação dessa ideia de xisto negro E poejo, onde o pensar é cego, o beijo longo, longo É o meu olhar, um legado alado, logro é engano Como tudo o que e em que me revisto, sangro Da roupa que’en minh’aldeia é ser gente, o dote È o sossego de sonhar acordando e vendo o ontem, Com olhos “à maneira que os ponho” alavancados, Elevam-me da raiz à minha origem de congro, À minha infância de recato e regato, o ombro tolerante Nas fontes, em frente do mato bravo o verde manso, Da ponte fluvial à velha guarita, do alto monte, do corgo Ao calvo escombro ardido, mais que poema ou esforço È o meu grito rouco, a dor de ter perdido meu rosto, A aldeia, o burel de que me vestia completo desd’o berço, Parido descaço, colado à via que havia, escura sinistra, Menor o grau da escada que a cansada estrada, desafio-a Já que César nunca serei, eu fui das minhas sensações O próprio veneno, campos rústicos de trigo, o umbigo Do que havia plantado há apenas alguns dias, humilde O milho sem proprietário dono, erva daninha é trigo Triste e a minha aldeia não existe senão na ideia que dela Um dia tive, ao virar meu coração de cima abaixo E do avesso … cantando, cantado desd'que me conheço ... Joel Matos ( Setembro 2022) http://joel-matos.blogspot.com https://namastibet.wordpress.com http://namastibetpoems.blogspot.com ![Open in new window](javascript:CaricaFoto("https://namastibet.wordpress.com/wp-content/uploads/2022/09/0306-20pirineosascenfacha.jpg?w=982");) |
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