Sabe-me a boca a angústia
qual travo bafiento, amargo.
E cada palavra que largo
que solto, livre, ao vento
... sucumbe em desalento
e nunca chega a ser verso...
é um sentir perverso
este que me apoquenta
queima a alma duma forma lenta!
Cada palavra que voa, é um dilema...
morre sem ser verso ou poema
amorfa, cambaleia ressequida
repleta da angústia escondida
a que me sabe o céu da boca!
Louca
esta minha vontade de nunca ser poeta.
Andy