Jamais quis, com meus versos, deveras,
te causar dor ou desgosto,
Mas a mágoa
que te dilacera a alma
reside em ti.
Já que a palavra que proferi,
Foi deturpada por tua essência depressiva,
e matou o amor ingênuo
que ainda vivia em teu ser.
Agora, mesmo que eu não quisesse
ver a palidez do teu rosto,
que exprime a tez de um ser exausto
e que se curva para o vazio.
Observo em teu silêncio, que outrora
era tempo de contemplação
e que agora enterra o nosso desejo
Sucumbe antes mesmo de florescer.
E apesar de toda a tua triste
e malograda jornada,
Ainda tens a chance de ser um grão
que germina em flores,
E deixar de ser essa semente
estancada que baldeia o sentir.
Grão murcho, sem vida e sem direção
que ao acaso conduz."
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