Sonetos : 

EM TEMPO DE MAGUSTOS

 
EM TEMPO DE MAGUSTOS

Crepita a fogueira de achas e seca caruma
No souto ecos soltos, ao vento na tarde fria
O assar da castanha na brasa que fuma
Paparica-se o manjar com a doce jeropiga

No remanso da vindina e a nova sementeira
O podar da vinha, no apanhar da castanha
Fazer magustos nos serões ao redor da lareira
Recolher os frutos d´Outono, o rachar a lenha

Quando a neve cobre os penhascos serranos
A arca está cheia de frutas secas em taleigadas
Para as consoadas e convivas do final do ano

Em tempo de magustos EM TEMPO DE MAGUSTOSa leda e viçosa gente moça
Cantam toadas em festejo estouram risadas
Armam ruidosa roda com gabo, desafio e troça.

AJL


O existir tem fundamento quando o olhar tem a expressão de um sorriso e nos abrimos á continuidade da vida

 
Autor
julio
Autor
 
Texto
Data
Leituras
3426
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 21/06/2008 07:58  Atualizado: 21/06/2008 07:58
 Re: EM TEMPO DE MAGUSTOS
Gostei do "soneto" pela temática que me é extremamente afectuoso e mas imagens bonitas que encerra. Parabéns. Um abraço