Na essência do pensar,
devo te amar...
Devo te amar sim,
solidão...
E te entregar meu eu
mais puro
e meu olhar
mais sombrio e escuro...
Mas devo guardar,
num canto de mim,
um lugar de festa...
pra viver por lá
quem me encanta...
pra ficar por lá
quem me vê,
e ao meu som,
meu sol,
meu ser...
Deve existir por lá
muita paz,
pra embalar a presença
bem vinda
da tua voz...
e o "meu seu",
o "teu eu",
o "meu nós"...
Lá me delicio
com a tua poesia
de verso arredio,
E me envolvo
nas manias
do nosso sexo,
teu beijo,
teu corpo,
teu cio...