Somos todos diferentes, não somos? Então, porque somos substituíveis? 
Quando ama alguém, você pode até não passar  o  resto  de  sua  vida ao lado dela. Pode não subir ao altar. Pode não viver tudo aquilo  que  seus mais  lindo  sonhos  te  permitiram  fantasiar,  mas  jamais   encontrará alguém que faça você esquecer essa pessoa. 
Você pode encontrar alguém que irá te preencher em vários sentidos. Alguém que  será o pai ou a mãe,  dos seus filhos. Poderá  viver  paixões, abalar quarteirões várias  vezes  ainda.  Mas  cada  uma  dessas pessoas deixará uma marca em você e ninguém, antes ou depois, irá apagar. 
Talvez  o  sexo melhore. Talvez  os  passeios  sejam  mais  longos.  Mas  a forma  como  a  outra  pessoa te olhava apaixonada, a forma como dava risada ou o jeito como ela cuidava  de você  quando  estava  doente,  não tem  volta. 
A ideia desse texto não é ser saudosista. É mostrar que temos que   viver o máximo da paixão que  vivemos  no  momento.  Que  mais  importante que pensar no futuro é viver o presente. Que mais que programar o final de semana é beijar na quarta-feira. Talvez um dia esse amor vá embora  e você, pelo menos, viveu o que tinha que ser vivido. 
Pensemos  também   sobre  a  marca  que  deixamos  nos  outros.  O que fazemos   para   cativar  alguém?   O  quanto  cuidamos   do  sorriso,  do coração,  da  alma  de  alguém?  O  quanto queremos ser importante, ser único,  ser  diferente.   Ninguém  quer   ser  mais  um.   E  muitas   vezes  passamos de nossos limites que poderiam ser cumpridos. 
Estar presente na vida de alguém é uma tarefa muito importante. No dia-a-dia não nos damos conta dessa importância. Mas ela existe e é grande. Em cada gesto, em cada olhar, em cada ligação, em cada linha de um bilhete. Tudo se torna grande quando somos importantes para alguém. Então precisamos ficar atentos ao que fazemos. Para nós um pequeno gesto sem importância, para quem nos ama se torna irreparável. Por isso muitas vezes cometemos pequenos deslizes que perecem tão ínfimos e magoamos tanto quem nos ama. 
Avisar antes, preparar o terreno, não criar expectativas, nada disso muda o que a outra pessoa estará sentindo quando acontecer. Você pode até se sentir insubstituível. Pode até ser. Mas outras pessoas virão ocupar o espaço que você deixou.