Poemas : 

APARÊNCIA

 
Neste vazio de espaços fechados num triãngulo sem vértices, deambulo palavras imovéis com portadas em calafrios de gestos, fantasmas do nada dilacerados de penas e dores.

Tolda-me a bruma invisível, dum lirismo comedido, gélido e inconformado, disforme no seu jeito febril de ver os outros, como parte de um nada.

Deambulam patamares sem escadas, em esconsos frios de saber o outro lado da rua, portada infinita de emoções.

E nesta tentativa de alcançar os demais, rasgam-me lágrimas os silêncios aparentes de vós...na real aparência com boca desenhada no infinito.

Eduarda






 
Autor
eduardas
Autor
 
Texto
Data
Leituras
902
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
2 pontos
2
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
cleo
Publicado: 27/07/2009 21:31  Atualizado: 27/07/2009 21:31
Usuário desde: 02/03/2007
Localidade: Queluz
Mensagens: 3731
 Re: APARÊNCIA
Eduarda
Escreveste um grito mudo de um "eu" que deambula perdido algures num vale sombrio, sem rumo, sem destino...
Contudo, ainda lhe resta uma nesga de luz a que se agarra numa tentativa de reencontrar a esperança que há muito o abandonara...

Gostei imenso desta tua aparência cheia de beleza poética.

Beijo