Aconteceu no dia de todos os dias...

Oi Maria.
"Seu corpo calcificado sente dor"...
"O trem passou"...
"Aconteceu"...
Retirei alguns trechos que marcam, neste poema sentido, que invade o leitor mais atento... ou desatento.
Então, é isso.
Um abraço.
Dill

Sim Poeta!

...O que me surpreende na tua poesia
é essa força que te vem de dentro…
assim… como quem respira.
“Seu corpo calcificado
Sente dor.
As mãos e os pés dormentes
Sujos e sem unhas”
No cume da emoção e quiçá (?)
De uma certa desilusão, vem a força das palavras rematar…
… “O trem passou deixando a fumaça
Que ela segura em garras.”

Eis a razão porque te leio sempre com redobrado prazer.
Há genuidade no que escreves. Sente-se… isso!
Beijo, amiga.

As tuas rimas estão fantásticas, mas a primeira estrofe está bela!

Abraço

Gladys,
O quotidiano aqui vincado pela rotina na rudeza de um rosto de mulher sofrida do povo.
Um beijo de muito apreço
Nanda

«Aconteceu no dia de todos os dias», eis, a meu ver, uma excelente forma de desdobrar o sentido do poema e prolongá-lo do passado até ao presente e a caminho do futuro, dado que o dia de todos os dias, poderá ser qualquer um.

DM

...e que eu saiba, não se vislumbra nenhuma luz ao fundo do túnel, sem fundo.





Beijo

o poema se fez assim para que não se parisse uma única interpretação. por isso a minha imaginação se fez numa viajante insólita, e da triste e sofrida personagem que leva no caminho de volta apenas a lembrança da pobre vida vivida. da janela do trem o vento ainda fustiga lembrando a vida que levou, mas o olhar para trás esfumaça o passado.

(mudando de vida)

um beijo e afeto mana.
Silveira

Mas é preciso independentemente de tudo agarrar a nossa vida para que possamos ter uns bons dias. Tremendo Poema. Um abraço !

Penso isso também:
Todos os dias, e bem perto de nós, acontece o mistério do sofrimento.
Obrigado por lembrar
Beijo

embora não seja muito católica,ou pelo menos no sentido mais convencional do termo,as primeiras estrofes invocaram em mim a figura histórica de jesus cristo, tal como ela nos foi passada ao longo dos tempos.a última remete-me para a intemporalidade da dor.o pão nosso que todos os dias nos dais hoje.

pena que amén.
gostei de te ler.
beijo,
alex