O RISCO DE NOS CONHECERMOS
O RISCO DE NOS CONHECERMOS
Ter você pode ser um desafio
Amar um desatino
O desafio de atravessar a linha do horizonte
Desesperadamente em busca de um novo amor
Alguém com quem possa dividir a dor
A tristeza desta nossa solidão
A incerteza deste nosso coração
A tua voz que fala pelo teu pensamento
O algoz que castiga este meu sentimento
A certeza tão real ao te encontrar
A sensação virtual de amar
Teus lábios assim tão auspiciosos
Se perdendo na nudez da minha vontade
Tão vulnerável tão carente de saudades
É preciso romper as barreiras da ilusão
Ignorar a distancia que separa da razão
É melhor correr o risco de nos conhecermos
Que de amor ou saudades um dia morrermos.
Escrito por Marcelo Henrique Zacarelli
Abril de 2002 no dia 23 / Itaquaquecetuba (sp)
A sensação virtual de amar
Teus lábios assim tão auspiciosos
Se perdendo na nudez da minha vontade...
O DOCE DO FEL É O AMARGO DO MEL
O DOCE DO FEL É O AMARGO DO MEL
Pintei teus lábios profanos
Com tintas aborrecidas de amargura
Confundi-te com a ternura
Com os pecados de meus anos...
Eu te pintei loucamente
No quadro de um eloqüente
De sorrisos perdidos em vão
Na borra severa do zarcão...
Eu quis te imaginar por inteiro
Na tela selvagem do meu olhar
Quis pecar, tocar, me perturbar!
Este artista é mesmo um insano
De olhares guaches que sofrem este pano...
Lamento se minha alma adsorve
Pela minha veia incólume
Ao me confrontar com a tinta
Do amargo ilusão da retina...
Estou em decline com a criação
Deste estúpido poeta Platão
Desvia me o pincel por um momento
Ludibria a vaidade do meu pensamento
Entorpecido por um lábio que não é meu
Fernanda não és minha...
És pintura fraudulenta de um réu
És o doce de um fel
És amargo de um mel.
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Dezembro de 2008 no dia 01
Village Itaquá
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Este artista é mesmo um insano
De olhares guaches que sofrem este pano...
POR CAUSA DELES
POR CAUSA DELES
Sobre a mesa alguns charutos
E uma garrafa de vinho
Eles estavam sóbrios
Carregados e expostos
Lá fora intermináveis carros
Pela ítalo Adami
Eles estavam sóbrios.
Acenda mais um charuto
Pois o tempo é curto
Mal terminamos a nossa enquête
Alguém terá coragem
Para respondê-la?
Sobre um papel branco envelhecido
Eles citaram Blake e Morrison
Eles estavam sóbrios
Sexo e política
Lá dentro intermináveis horas
Eles estavam loucos.
O sip fora violado por eles
As garotas tornaram-se impuras
Por causa deles
Eles estavam sóbrios
A fonte não é mais a mesma
Por causa deles
Letras e poesias, sexo e ideologia...
Alguém terá coragem para respondê-la?
O mundo não é mais o mesmo
Por causa deles
Eles estavam loucos.
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Fevereiro de 2002 no dia 20
ITAQUAQUECETUBA (SP)
Mal terminamos a nossa enquête
Alguém terá coragem
Para respondê-la?
Um Pouco de Você e da Solidão
Quero repartir o sol ao meio dia
Diminuir a saudade vadia
Ter a lua por inteira
Pra somar a claridade de teu rosto
Espantar o lado escuro da solidão;
Quero o deserto em quarenta graus
Ter seu corpo por inteira
E duvidar do meu louco gemido
Que atravessa a fenda da imaginação;
Quero as quatro estações em um dia
Queima-me no inverno da tarde sombria
No outono de folhas secas
Paradoxos dos meus pensamentos;
Quero a primavera por uma hora e meia
O mar negro que me afoga em poesia
O murmúrio da amada em tom de melodia;
Tomar um vinho seco em volta da fogueira
Pra somar ou que sabe duvidar
Ter um pouco da lua,
Do sol, do teu rosto, e da solidão.
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Setembro de 2009, no dia 01.
Village Itaquaquecetuba (SP)
Taças Estilhaçadas
Já perguntei por vezes a minhalma
Ela nem existe mais por causa de você;
Extirparei de mim esta saudade sua
Pois me consome e me farta
Espinho que me crava e sangra
Cálice amargo em taças estilhaçadas
Já me perguntei por vezes
Como é te amar?
É mais que alcançar o sol com as mãos
Ou laçar a lua com voraz aptidão...
Quem saber morrer por duas vezes
E retornar pra você em vida;
Amar-te consiste em duvidar
Que possa existir sofrimento
E palavras são somente palavras;
Como a valsa que me mata e me sara
É romper as barreiras do passado
Voltar a ser jovem neste homem velho;
É perder a vida em um dia de domingo
Ao som da ópera enlouquecida
E quanto minhalma numa vala esquecida
Ela nem existe mais por causa de você.
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Setembro de 2009, no dia 01.
Village Itaquaquecetuba (SP)