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Uma noite como as outras

 
Cresceu sentida esta rua estreita,
São os gritos que preenchem a lacuna,
O vazio que emerge deste frio,
Luzes da calçada que se vão mostrando,
Já que lua não esconde esta descrença, este brio,
Desta (quase) sina, trabalhada e desfeita,
Tudo para conseguir sonhar, sonhando.

Foi grande a passada na mera vitrina,
Um troféu inesperado se tornou,
Conquistado por outrém, que enganou,
As vislumbradas canções de amor,
Cantadas, encenadas, deslumbradas,
Num acto puro, heróico mas de dor,
Foi grande a passada na vera vitrina,
Que quem pensava que eternamente ficava, não ficou.

Não imagines a linha recta que não seguirei,
Nem sequer o som vindo das pradarias,
É escutado com toda atenção devida,
Até a natureza que é apreciada por ninharias,
E o mar, plantado à sua beira,
Olhando eu triste no seu refúgio, assim ficarei,
Como quem paga a promessa de ajudar a fazer crescer,
A quem ao ser que me consome o queira.

É última é, não será,
Não é aviso, nem destinatário terá,
Que todos os que leiam, pensarão,
Que suas vidas tenham, novas inesperadas conquistarão,
Na tentativa de esconder a fraca e intensa carne humana,emana
Desejada e querida, seus interesses,
Aprendi e aprendo, dormindo só na cama,
Que seus desejos teimam, não se realizam,
Paciência tenha, só aquele que ama.

 
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DavidPN
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 26/08/2008 10:49  Atualizado: 26/08/2008 10:49
 Re: Uma noite como as outras
Parabéns. Poema com indiscutével valor literário. Abraço