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Poemas, frases e mensagens sobre solidão

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares sobre solidão

Está na hora

 
O mundo é mais belo pela madrugada
Quando os pássaros já voam e o Homem ainda sonha
Quando o Sol arrependido devolve ao mundo a sua cor
Mas é breve o instante
Ao longe o caos vai trepidando
Seus passos, lentos, se apressando
Sem pressas, louco, atropelando
Com tempo, pouco, reclamando
Às portas da demora:
Está na hora...
Está na hora...
Está na...

E eu vou, já vou, só mais um pouco

O teu cheiro travestido é travesseiro
Onde encosto o meu rosto entorpecido
Onde me entrego à lembrança por inteiro
E pelos campos da lembrança vou perdido

E perdido te acho
Toco-te ao de leve a face
Fito os lábios vincados num sorriso
E me curvo em ti
Não me soltes deste abraço
Não me deixes só
Não me deixes nesta hora
Pois eu sei que está na hora
E tu bem sabes, está na hora
Que é só esta, está na hora
A nossa hora, está na hora
Agora, está na hora
Agora, está na hora
Agora, está na hora
Ago...
 
Está na hora

adormeço nos tentáculos de m’alma

 
adormeço nos tentáculos de m’alma
 
à beira da praia
sinto o pensamento dos rochedos
e em meus lábios arde a flor de sal
recém-chegada da noite

escorre pela garganta seca de silêncio
a inundar o meu corpo de areia
tentando cobrir esta solidão
da sua incapacidade de expressão

e nas ondas surge um vazio
de uma concha fóssil secular
a rasar a vastidão do mar
onde ferve um tempo reprimido

entrego-me ao fundo do oceano
para encontrar outra luz outra vida
suspensa na densidade das águas

aconchego-me nos limos e nas algas
e preso na rede dos meus sonhos
adormeço nos tentáculos de m’alma
 
adormeço nos tentáculos de m’alma

Caminhos do incerto/Dueto Rosafogo e Ana Coelho

 
Caminhos do incerto/Dueto Rosafogo e Ana Coelho
 
CAMINHOS DO INCERTO

Hoje a solidão veio p'ra ficar
Esqueço tudo, nada quero saber nem ouvir
Solto-me como pássaro no meio da moita
E aguardo a tempestade prestes a surgir.
Abre as mãos eleva-as ao mais alto de ti
E a voz do silêncio cantará
Um hino de louvor à alma em clamor
A solidão cairá na intempérie de um sorriso.

Meu coração ainda se afoita!
Bailam lembranças na minha mente
Quando procuro o repouso
E surgem na minha frente
Como um Sonho prazeiroso.

Na utopia dos sentimentos
Renasce a vida em forma de herança
Nos beirais da angústia ganha forma
Um sorriso de criança que o nosso olhar alcança.

Nas lembranças me envolvo perdidamente
Elas são tudo o que é meu!
Saudade é passado e presente
E o futuro que a memória
Abriga em caminhos do incerto destino
Na estigma de ontem hoje e sempre.

Rosafogo e Ana Coelho

Neste poema o talento da ANA e o Sonho da Rosafogo
Este Sonho de poder sentir-me com emoção fazendo
um dueto com uma grande poetiza.
Para ela a minha estima e admiração e também o meu muito obrigado.
 
Caminhos do incerto/Dueto Rosafogo e Ana Coelho

"Certo querer..."

 
"Certo querer..."
 
"Certo querer..."

Uma longa espera...
Pelo que nunca veio e talvez jamais venha.
Um querer provar outro gosto, outro bocado.
Perco-me nas voltas que traço
E meus territórios abertos
Mostram-me o horizonte longe demais.
Inalcançável aos meus olhos...
É querer esse “nada” cheio de mistérios.
Outras palavras, antes jamais ditas.
Rios que querem fluir, ir ao encontro
Do mar desconhecido, assustador.
Ao mesmo tempo o medo
De ficar a deriva, num mar bravio...
É me olhar do alto de mim.
Nada entender, ainda assim me permitir.
É o querer ser o que digo
E o que penso, sem negar, nem me esconder.
É querer o plano “B”, antes até
Da estratégia montada.
A ânsia por descobrir, conhecer, ouvir.
É contornar minhas margens
Preencher meus espaços...
E aprender a nesses vácuos...
Não tecer fios de solidão.
Confuso esse querer ir embora
De mim mesma...

Glória Salles
19 outubro 2008
20h18min
 
"Certo querer..."

Meu canto...

 
Meu canto é verso estranho, que divaga
É loucura, é absinto que embriaga
É ferida na alma, é aniquilamento
Meu canto é saudade, é aprisionamento...

Meu canto é verso duro que não afaga
É grito preso na garganta, é chaga
É sussurro, é suspiro, é lamento
É dor que não quer calar, é tormento...

Ó Deus, devolva meu canto de outrora
Sem lágrimas, sem mar, sem alagamento
Sem atribulação, sem ressentimento...

Um canto com versos sobre a aurora
Que fale de cores, de flores e do vento
Um canto doce, uma poesia, um acalento...
(ania)
 
Meu canto...

Jardim Secreto

 
Jardim Secreto
 
Jardim Secreto
by Betha Mendonça

Fico sentada aqui na varanda
Olhos de ver a grama crescer
Parada diante da vida que anda
Lágrimas regam o entardecer

A noite chega nublada e branda
Ventos e chuvas de bem-querer
À terra que mui molhada manda
Ao Jardim Secreto florescer

As folhas e galhos em demanda
Pedem às flores tudo esquecer
E unidas se abracem em guirlanda
Para perfumar o anoitecer

*Imagem Google
 
Jardim Secreto

Uma lágrima cai...

 
Uma lágrima cai…
Na noite silenciosa
Criada pela dor
Dessa força poderosa
Que lhe dão o nome de amor.

Uma lágrima cai…
Na fria escuridão,
Longe do teu olhar
Ela cai na solidão
Sem ninguém para a secar.

Uma lágrima cai…
Em pleno sofrimento,
Com a tua partida
Só ficou o lamento
E uma profunda ferida…

José Coimbra
 
Uma lágrima cai...

Poetas que choram e amam

 
Parti meu pensamento em mil pedaços...
Ouvindo o som que vinha dos espaços
Eu olhava incansavelmente a Lua cheia
Tremia e o sangue fervia em minha veia...
Ah, tornavam-se par de asas os meus braços:
Sentia desenlaçar em mim os nós e os laços.

Quantas horas fiquei assim eu nem me lembro,
Uma..., duas...., três..., melhor parar não vou lembrar.
Era mês de Junho? Julho? Agosto? Ou Setembro?

Chamava ininterruptamente pelo seu nome.
Hoje, somente hoje fui voltando a realidade
Ontem eu estava transformada do amor que me consome:
Relembro que tudo que vivi ontem foi verdade...
Ah, devaneios de amor sempre deixam saudade!
Mas, a noite morre, o dia nasce e desperta a cidade...

E pouco a pouco a rotina de todos os viventes recomeça.

Assim foi. Assim é. E, assim sempre será.
Muitos vivem e contam as coisas que viveram;
Alguns se lembram, mas fingem que esqueceram
Mas, pela mão de Poeta o verso se eternizará!
 
Poetas que choram e amam

Não se vá...

 
Não se vá...
 
“Quando o amor parte sentimos uma dor no peito
mas podemos pedir para ficar sendo nosso desejo”

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Não se vá...

Sem melodia, sem poesia...

 
Sem melodia, sem poesia...
 
Queda, muito além de mim,
Num mundo de ninguém
No silêncio de minha alma
Um sentimento que nem eu,
Compreendo? Entendo,
Mas é tão claro o vazio
Do profundo do âmago.

Silêncio..., silêncio...,
Apenas quebrado pelo
Murmúrio do vento
Que insistia em tocar-me,
Todavia, outras vozes
Não permitia-me ouvi;
Apenas o brado do coração
Latente;

Não pude fugir de mim
Onde encontrei-me assim.
Procurando por mim.
Num vasto vazio - pois a voz
Da alma não me falava nada
Incomum a minha realidade
Nesse instante; só senti o pulsar
Sem melodia, sem poesia...

Mary Jun – 17/ 12/2016
 
Sem melodia, sem poesia...

Terra queimada

 
 
Fugitivo da terra queimada
Preso no seu próprio domínio
Sozinho no meio de nada
sob o luar vermelho sombrio

Num arrepio que sente
Sobre a sombra que o assombra
Neste sentido de morte
Entre as cinzas desta terra

Luta contra os pesadelos
Com coração carregado de dor
Mas esconde-se entre os rochedos
Com sangue fervendo de rancor

Uiva da morte anunciada
Com a saudade sentida
Mas que na mente, mente tanto
Que esquece a dor que o coração sente

Isabel Morais Ribeiro Fonseca
José Coimbra
 
Terra queimada

Alinhando as estrelas

 
Saiu da sala de jantar. Ninguém reparou.
Desceu alguns degraus e baixou-se para tirar os sapatos de salto alto. Então, desceu o último degrau e sentiu a areia seca tomando-lhe os pés.
Deu alguns passos seguindo o chamamento das ondas.
Sentou-se, pousou os sapatos e abraçou os joelhos.
A noite estava quente e húmida. O vestido branco agarrava-se à pele, do mesmo modo que, a espuma branca das pequenas ondas, se vinha agarrar à areia.
Ainda conseguia ouvir a música tropical vinda da sala e as vozes sem palavras definidas. Tinha sido um jantar muito agradável. Tudo era bom e bonito. Perfeito, se não fosse a sua fome de silêncio e de solidão.
Sentia-se bonita naquela noite, Sentia-se em paz. Mais ainda, ali sentada sozinha. Num ímpeto deixou-se cair para trás e ficou deitada. Olhou o céu azul escuro e viu milhões de estrelas. Definiu algumas constelações.
Tentou definir caminhos de estelas. Complexos caminhos que lhe fizeram lembrar as estradas da vida. Viu as estrelas desalinhadas e iniciou um árduo trabalho de tentar alinhá-las. Pareceu-lhe possível. Mas, nessa noite sentia-se cheia de força. Uma força interior que nem sempre conseguia ter. Com a ajuda do mar, conseguiu mesmo alinhar alguns caminhos. Caminhos seus. Caminhos irreais.
Talvez tenha adormecido. Decerto que sonhou e, só acordou, quando sentiu a presença de alguém perguntando o que fazia ali, tão só.
Não era uma voz conhecida. Não era alguém que a procurava mas sim, alguém que a encontrou. Simplesmente respondeu que estava a alinhar estrelas. Ele sorriu e sentou-se ao seu lado. E só perguntou se podia ajudar…

Por vezes, também gosto de escrever em prosa.
 
Alinhando as estrelas

Os vazios que enchem a virgindade dos lugares

 
Os vazios que enchem a virgindade dos lugares
 
A solidão se sente em casa,
no triste peito
na felicidade de um coração cheio
no aperto
mais incomum
de um abraço…

É como o negro puro
que sustenta as estrelas no espaço
desmentido céu azul que Deus vê,
depois de acender
o lume do sol
em cada raio …
 
Os vazios que enchem a virgindade dos lugares

o esquecimento abre passagem

 
Corre o dia,
e uma luz coada entra pelas cortinas
antigas, a solidão me faz
companhia,
adensa a noite
e desarruma a minha mente
e assim a flor desfolha até às
pétalas finais, como o sol
que se apagou, derramando
um vazio que a destrói.
Transporto sonhos ante um inverno
que me espera, a solidão dói,
o esquecimento abre passagem
e cada lembrança é já indelével
imagem,
como casa desabitada, mofenta
arrasada, onde já ninguém responde
minha alma, anda não sei por onde!
Minha vontade, ainda
inventa versos como comida suculenta
que me faz bater o peito, e a saudade
traz-me de volta a menina
dizendo-me que sou a mesma d'outro tempo.

o tempo que vai e nada o pode deter
fica a palavra feita nada,
a vida voando para o poente
como a água, que não volta à nascente

natalia nuno
rosafogo
 
o esquecimento abre passagem

eu estou lá fora

 
eu estou lá fora
 
sinto-te perdida nesta vida
viras as costas à tua alegria
e ao amor não sentido ainda

sinto o teu corpo em lamento
uma solidão presa num gemido
no grito que me traz o vento

qual dor qual sofrimento
de um olhar já tão dolorido
de tão sagrado sentimento

recorda - amor - este momento
deste sentir a te sentir agora
num suave e breve fragmento

é hora - tenho que ir embora
eu nunca quisera ser violento
com a tristeza que em ti mora

a alegria de mim é o teu alento
abre a porta - eu estou lá fora
 
eu estou lá fora

"Minhas lembranças."

 
"Minhas lembranças."
 
"Minhas lembranças"

Na lua que brilha da solidão
Escutei a voz do meu amor
A sinfonia de sua linda canção
Silenciou a minha grande dor.

Sua voz tão alegre e terna
Melodia que entrou na alma
Lembrança que será eterna
Momentos de paz e calma.

Seus versos são linda sintonia
Inspira meus sonhos e fantasia
Com eles sinto a luz que irradia
Iluminando e me dando alegria.

Acordes repletos de desejos
Com ritmo que me faz tremer
Sonhando sinto teus beijos
Loucuras que me faz renascer.

Na tua ausência tudo é triste
A noite é escura e de agonia
Sem você felicidade não existe
Sua canção é tudo que queria.

Careless Whisper - WHAM
 
"Minhas lembranças."

A VIDA FEZ RASGÃO

 
A VIDA FEZ RASGÃO
 
A VIDA FEZ RASGÃO

Trago rugas no rosto
Rugas duma vida inteira
Dia a dia me é proposto
Assumir mais uma mensageira.

Mensageira de dor e ausência
Põe meu pensamento em desalinho
Feita de lágrimas e insistência
Que a Vida pôs no meu caminho.

Insistência de permanecer aqui
Sem vida, como nuvem descendo ao chão
Faz tempo que a ternura escondi
Num recanto escondido do coração.
Minha palavra trago esfarrapada
E o vento já não me acaricia
Sinto minha carne pisada
Por ver passar mais um dia.

Carne pisada dos anos donde venho
Prestes a desfazer-se em pó
Nem a solidão por compaheira já tenho
Por me sentir tão só.

Companhia nenhuma, sufoco na escuridão
A Vida fez rasgão após rasgão
Há séculos se repete esta Primavera
E eu a mesma ave a esvoaçar
Talvez haja outra ainda à minha espera
E eu terei, na boca um pássaro para cantar.

Se o resto de esperança
de mim não abalar...

rosafogo
 
A VIDA FEZ RASGÃO

Absoluto Silêncio

 
Sozinho e embriagado,
sou apenas mais um viciado.
longe do caminho da verdade,
um uma bruta fatalidade!

com o coração pregado,
aos poucos me deparo enganado.
numa distante realidade,
em uma pura enfermidade.

talvez um ponto final,
todos os dias se tonam igual!
com uma certa ausência,
entro em pura abstinência.

nada disso é diferente ,
pois novamente estou carente.
numa fértil depressão,
que em lagrimas se torna em vão.

em outra dimensão,
longe do meu coração,
não por ter te amado!
mais sim por estar completamente apaixonado !
 
Absoluto Silêncio

*Descampada*

 
*Descampada*
 
Solidão que és parte da minha vida,
Que até tu largas-me nesta caminhada,
Onde caiu no chão por mim vencida,
Nestas lutas incessantes da minha parada,
Solto apenas um suspiro, não sobrando mais nada…

E choro, por ti minha amiga,
Que após tantos anos me seres tão querida,
Soltas a minha mão e não me sussurras mais a tua cantiga,
E sinto-me tão só, tão perdida!
Onde só sobram lágrimas na nossa despedida.

E abraço agora o corpo que tanto amaste,
Até à hora da tua partida,
Em que nem amor, nem paz, nem luz me deixaste,
Para acariciar o vazio que fica com a tua ida,
Que me sufoca com o ar, deixando sem forças e torcida!

E vais minha Velha amiga,
Correndo nos ventos quase de fugida,
Para longe do alento da pobre rapariga,
Que te chora em sangue por mais um momento da sua vida,
Caiando a sua morte, com a alma dividida.


Marlene
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*Descampada*

SEQUIDÃO

 
SEQUIDÃO

olhos a dobrarem arestas
olhos ásperos e irresolvidos
ávidos por afeição...
fui onde a vista não alcança
muito além da saudade
bem para lá da esperança
não se debateu um ai
em nada cedeu a catividade
sigo morto de infância
orfão de avós, mãe e pai
jardineiro das lembranças
que não desabrocham mais

(Gê Muniz)
 
SEQUIDÃO