Poemas -> Minimalistas : 

rimas no ar

 
cais necessitado
de reforma
por tantos regressos e partidas
todo tempo
mais o balanço
do vento
o levaram a fraquejar

em ímpeto de
desespero por não
querer definhar
de hora pra outra
começou a chorar

já não bastasse
tantos mares de
adeuses que ficam
a respingar




Aquela mania de escrever qualquer coisa que escorrega do pensamento.

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Autor
MarySSantos
 
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Enviado por Tópico
MariaMorena
Publicado: 18/09/2024 17:00  Atualizado: 18/09/2024 17:00
Da casa!
Usuário desde: 07/06/2024
Localidade: Argumentar sem agredir é ser grande.
Mensagens: 351
 Re: rimas no ar p/ MarySSantos
.

É o primeiro poema seu que leio e me traz tristeza, mas é forte como os outros, também temos tristeza para colocar para fora.
Abraços

Enviado por Tópico
Alpha
Publicado: 18/09/2024 17:59  Atualizado: 18/09/2024 17:59
Membro de honra
Usuário desde: 14/04/2015
Localidade:
Mensagens: 2036
 Re: rimas no ar
Olá Maria

Rimas no ar, dançam sem parar
Flutuam leves, com graça e precisão
Como vento suave a nos tocar
Em versos soltos de inspiração!

No cais, tudo é cíclico: despedidas, esperas e reencontros. As despedida leva promessa de retorno e o cais que antes parecia vazio enche-se de vida novamente!

Abraço

Enviado por Tópico
Aline Lima
Publicado: 20/09/2024 02:10  Atualizado: 20/09/2024 02:10
Usuário desde: 02/04/2012
Localidade: Brasília- Brasil
Mensagens: 693
 Re: rimas no ar p/MarySSantos
Que beleza, Mary! O cais, símbolo de esperas e partidas, é uma metáfora muito interessante da vida, marcada por reencontros e despedidas. A maneira como ele é afetado pelo tempo e pelas mudanças traz uma profunda reflexão sobre a nostalgia e a saudade que carregamos. Sua descrição do desespero e da fragilidade desse cais, que chora diante dos mares de adeuses, realmente toca o coração. Gostei muito.

Enviado por Tópico
Alemtagus
Publicado: 22/09/2024 16:56  Atualizado: 22/09/2024 16:56
Membro de honra
Usuário desde: 24/12/2006
Localidade: Montemor-o-Novo
Mensagens: 3322
 Re: rimas no ar p/ MarySSantos
Curta ode a um velho marinheiro ou o mais simples resumo poético de O Velho e o Mar de Hemingway.