Espirito do vento
Vento que sopra em meu coração,
me leva no colo sem dizer para onde vai,
carrega memórias de tempos passados,
e vozes que ecoam pela eternidade,
são murmúrios de dor e sofrimento,
são cânticos de riso e felicidade.
Vento que sopra sem direcção,
girando em espiral, subindo e descendo,
desenha na areia seu retrato abstracto,
escreve nas nuvens seu nome em segredo,
e servindo de alimento ao fogo,
se torna a paixão que quebra o rochedo.
Vento que sopra na escuridão,
é minha espada, meu escudo e meu elmo,
é raio de luz, é meu guardião,
morada da força, que faz e desfaz,
que guia meus passos na vida e na morte,
é voz feminina, guerreira da paz.
Escrito e dedicado para Mãe Baby de Oyá.
Almada, 7 de Julho de 2009 © Paulo lourenço “Ramiro de Kali”