Re: Faz um poema |
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Membro de honra
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e caio
porque nem todas as quedas abraçam o ar que respiro e fujo porque nem todas as fugas são o esquecimento e grito porque nem todo o clamor é a força que nasce e sofro porque já nada é como era de antes ter nascido e nesta rua dá-se o encontro faminto corpo que segura um parto antigo
Criado em: 20/1/2012 12:55
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"Uma longa viagem, começa com um único passo" Lao-Tsé http://novoolharomeu.blogspot.com/ http://rituaisdomomento.blogspot.com/ http://terrasaltasdogranito.blogspot.com/ |
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Re: Faz um poema |
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Colaborador
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e o nome desta cidade
e a volta por cima do nome e a corda na lingua da cama e a cama redonda a farsa e a mascara dos dias cinzentos e os ventos na ponta dos dedos e os gemidos na lingua acesa e a mesa sem ti!
Criado em: 20/1/2012 13:45
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Aglutinemos nossas almas, talvez possamos dar um pouco de alegria à nossa infindável tristeza. |
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Re: Faz um poema |
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Membro de honra
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cravada por dentro
da lareira acesa a labareda medra como todos os ledos gestos à volta da mesma mesa abandonada na mesma rua sem nome vieram os ventos surripiar os fundos doutros mundos um querer muito ser poeira e cinza esgotada e apartada no mesmo lugar
Criado em: 20/1/2012 15:31
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Re: Faz um poema |
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Da casa!
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(desescrito o poema e o grito)
ouve os gritos e o silêncio e fala ao ouvido da sorte grita o mar e sem acento diz me tudo forte forte e se for a voz do vento nessas ondas de tormento chora e ri ao mesmo tempo que o poema que te ouvi ai de ti ai de ti e de mim que o d(es)escrevi
Criado em: 20/1/2012 18:15
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Re: Faz um poema |
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Membro de honra
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o pólen da nossa flor
cai dos dedos enquanto o sol se deita no precipício de nós e morremos gelados entre tempos relógios que separam homens vermelho sangue corta-se a carne enche-se o copo bebe-se até ao fim letras cansadas arde âmbar incenso no fogo da manhã e hoje é o nosso ar espalhado nesta sala que servirá os mortos fecha-se a carta quem escreveu escreveu vira-se a página sente-se a vibração na pele uma rosa entre palmas a Amália canta baixinho e ninguém dá por nada bis bis
Criado em: 20/1/2012 19:48
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Viver é sair para a rua de manhã, aprender a amar e à noite voltar para casa. |
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Re: Faz um poema |
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Membro de honra
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a sombra
silhueta tosca a acordar a manhã e ninguém dá por ela gélida, assumida travestida o rio em silêncio traz a correria das águas pardas à cidade a rua completa-se com o desassossego das gentes que enchem as vielas e com elas a verdade nua mas crua da manhã submersa no nevoeiro o relógio parou na noite estancou a madrugada num rosto deformado e simplesmente gente gente disfarçada dum pudor citadino e com ele um novo peregrino
Criado em: 23/1/2012 10:43
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Re: Faz um poema |
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Somos nós
Lado a lado Presos Sós... Sentes o nó? Está apertado Sem dó! E vós Que laço Vos prende A nós? Se somos nós Presos em nós E tão sós...
Criado em: 23/1/2012 10:59
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*... vivo na renovação dos sentidos, junto da antiguidade das lembranças, em frente das emoções...» Impulsos https://socalcosdamemoria.blogspot.com/? https://www.amazon.es/-/pt/dp/1678059781?fbc... |
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Re: Faz um poema |
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sem nome
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Quando um dia A vida amanhece Procura-se alguém Para sussurrar Bom dia! Mas, na imensa multidão Ninguém se (re) conhece Há só o estranhamento A invisibilidade acolhe Na individualidade No egoísmo Na convicção O homem é outro... Sozinho se encolhe Nesta perdição e Volta a adormecer Na escuridão Do próprio umbigo Porque, Vida é conexão Pertencimento Intercâmbio Humano, ainda é Humanidade...
Criado em: 23/1/2012 11:45
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Re: Faz um poema |
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Da casa!
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(estranha sombra de luz) já o curso da solidão encandeia os momentos em que te revejo em cada nó em cada mó do rio deste silêncio que me afogou em cada tique em cada taque do relógio do combate o que mudou assim alinho cada verso cada sombra cada ato e num livro fechadinho eis aí o peregrino de humano des(a)tino
Criado em: 23/1/2012 16:33
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Re: Faz um poema |
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Colaborador
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em cada ato
a caneta sobe à malha da vida sobe à fortuna das perguntas à idade das ilhas modernas à idade das cidades da tinta queimada respira o dia seguinte o dia negro que é da terra que ainda é do dia-terra boceja as palavras homem-ritmo e a música acompanha-a em cinco braçadas da respiraçao para forçar a hora para forçar a ida
Criado em: 23/1/2012 16:56
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