Poemas : 

Dá-me a tua mão

 
Sentia-me desfalecido
Numa concertina que tocava há minha volta…
Dizia ela ao som da sua melodia…
Que a minha desarmonia era a harmonia do seu mundo…
E na derrota espelhada neste espelho,
Que insistia em abraçar o meu coração,
eu desconcertei-a com o meu sorriso,
…”és bela”…
Recriei-te e fiz te sentir para além dos olhares e das blasfémias,
Agora que sentes e nada sentes.
Agora que os sentimentos são efémeros ao meu toque…
Renegas sem negar.
e brilhas ao luar…
E agora nesta minha cacofonia de sons melancólicos e desnorteados,
Sentes para além do mar,
E estou nesse voar mágico que tendes a querer…
Agarrar…
E agora que pensas no sonho…
Ele é uma realidade,
Brutalmente desesperante,
Brutalmente envolvente…
E querias tu não sentir…
Não sofrer….
Mas não podes não sofrer ao meu abraço gelado…
Afinal estas viva…
Nestas lágrimas descortinadas…
Sente-me na dor,
Sente-me na magia,
Sente-me e ama-me…
E nesse amor…
Que desenhamos nestas folhas…
Dá-me a tua mão…

Dá-me.


Alexander the Poet

 
Autor
Domitor
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