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Máscara mortuária (AjAraujo)

 
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Um rosto encoberto
No meio da multidão
Corre no pátio aberto,
Mas é descoberto...

Na dor da baioneta
Que cruel atravessa
O nu ventre que jorra
E corta a voz rouca

Só silêncio! Falar somente
Para uns e outros condenar-se
quem corre e luta pela verdade
A ameaça da própria liberdade

Solidão entrecortada
De medo que só ela traz
E deixa o amargo da fuga
Marujo companheiro jaz

No motim somente o medo
Faz perder a vitória
Tragado e arremessado
Pela prancha mar afora...

AjAraújo, o poeta humanista, a propósito das rebeliões, escrito em outubro de 1975.
 
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AjAraujo
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